Compositor: Florent Vintrigner / Olivier Leite
Ela chora por seu marinheiro
Seu marinheiro não é dela
Ela diz que as ondas são loucas
Ela diz que as ondas são loucas
Quando ela canta o Fado
Seu canto é um pássaro
Um pássaro voando
Um pássaro voando
São loucas, são loucas
São loucas, são loucas
O pássaro carrega uma Oração
Para uma garrafa no mar
Seu endereço é o mar aberto
Seu endereço é o mar aberto
Da rua da Riguera
Ao coração da Alfama
Dizem que a barcaça é velha
Dizem que a barcaça é velha
São loucas, são loucas
São loucas, são loucas
Mas desde que ela use o xale
O silêncio se instala
Nós ouvimos suas palavras
Nós ouvimos suas palavras
Ela coloca em suas costas
As linhas de suas mãos
Quem se enche de álcool
Quem se enche de álcool
São loucas, são loucas
São loucas, são loucas
Então ela fecha os olhos
Ela está sozinha perante Deus
Ela não tem medo de ninguém
Ela não tem medo de ninguém
E desde que ela fecha os olhos
Sozinha em frente de Deus
A dizer que elas são loucas
A dizer que elas são loucas
São loucas, são loucas
São loucas, são loucas
Ela dá a sua dor
Sua dor não é mais dela
É daqueles de Lisboa
É daqueles de Lisboa
Onde as mulheres usam preto
E nas caixas das guitarras
É a saudade quem ressoa
É a saudade quem ressoa
São loucas, são loucas
São loucas, são loucas